29 de janeiro de 2008

Sunset

Sempre gostei do pôr-do-sol aqui. É clichê, mas uma volta pela Mulholland Drive no fim de tarde relaxa e aguça os sentidos. Faz esquecer a vida suja e doce de todo dia. Cara, tô virando um colecionador de clichês.

Ainda assim, aproveito o restinho de sol no rosto, o vento entrando pela janela aberta do Buick caindo aos pedaços. Fazer o quê. A vida é uma merda para um jornalista cucaracho em LA. Ou, poderia dizer que LA é uma merda. Jornalistas cucarachos são uma merda. A vida é uma merda.

Ainda bem que o pôr-do-sol na Mulholland Drive sempre estará aqui. Quer dizer, não se depender dos catastrofistas tipo Al Gore. Vai que estão certos. Melhor aproveitar agora. Nem que seja respirando esse ar inebriante. Efeito do dióxido de carbono, eu sei. Mas é mais barato que pó.

Aliás, uma carreira agora cairia bem. Mas nunca antes do trabalho. É bom estar esperto. Nunca se sabe o que vem pela frente. Quer dizer, eu até sei, mas melhor curtir o pôr-do-sol. Sei que quando entrar na Beverly Glen eu acordo do sonho e viro o mesmo bicho de sempre. Nojento, ao gosto do freguês.

Impossível não odiar essa cidade. Impossível não amá-la. O pôr-do-sol e junkies vagando nas ruas, as lambidas do pacífico e as lambidas de cachorros doentes. Tudo é LA. Eu sou LA. Sempre fui, desde pequeninho. Só não sabia. Vim descobrir aqui.

Uma última curva e cá estou. O pôr-do-sol, o ocaso, a última luz da minha vida. Taí, clichê atrás de clichê. Ainda bem que não ganho mais a vida vendendo palavras. Até elas se esgotaram. Que se foda. Paro o Buick numa transversal, caminho a até a Sunset e dou meu primeiro oi:

- Hi, gorgeous. Looking for a date?

[Ouvindo: Women - Def Leppard - Hysteria]

28 de janeiro de 2008

Tem que ouvir: A Night At The Opera - Queen

Folder Tenho um amigo, Jeferson, que gosta muito de Queen. Mas, interessante, não foi ele quem me apresentou esse álbum, que considero o melhor da banda. Foi na casa do Carlito, do Bobagêra, que ouvi A Night At The Opera pela primeira vez. Em vinil, num aparelho Samsung ou Aiwa que ele tinha. Levei para casa pra gravar. Em cassete, claro. Ouvi muito essa fita num Corsa 1.4 bordô 94 que a Lu e eu tivemos. Num toca-fitas Bosch Rio de Janeiro com o empurrãozinho de um amplificador/equalizador Tojo GR-100. Coisa bem velha mesmo.

Mas o álbum não envelhece. Pelo menos duas músicas desse disco, todo mundo conhece: Love of My Life e Bohemian Rapsody. Eu gosto muito também de You're My Best Friend. Mas há outras excelentes, só que não tão conhecidas.

O disco é o quarto dos britânicos do Queen e foi lançado em 1975. Foi produzido com muito esmero. Freddie Mercury fez questão de fazer algo até bastante usual hoje em dia, mas que foi considerado uma tremenda veadagem na época: gravar a bateria em um estúdio separado dos demais instrumentos. O set do álbum é:

  1. Death on Two Legs (Dedicated to...) (Freddie Mercury)
  2. Lazing on a Sunday Afternoon (Freddie Mercury)
  3. I'm in Love with My Car (Roger Taylor)
  4. You're My Best Friend (John Deacon)
  5. '39 (Brian May) Sweet Lady (Brian May)
  6. Seaside Rendezvous (Freddie Mercury)
  7. The Prophet's Song (Brian May)
  8. Love of My Life (Freddie Mercury)
  9. Good Company (Brian May)
  10. Bohemian Rhapsody (Freddie Mercury)
  11. God Save the Queen (Ludwig van Beethoven)

Todos os integrantes da banda compuseram para esse disco. Claro que há predominância de Brian May, o guitarrista, e Mercury, vocal e pianista. O que eu acho mais interessante são os toques de música barroca e romântica erudita ao longo do álbum. Como todo bom álbum de banda de rock inglês dos anos 70, tem pelo menos uma faixa que "chama" a outra. Nesse caso, The Prophet's Song é grudada em Love of My Life. A segunda é continuação da primeira.

Se quiser baixar o álbum em MP3, clique no link abaixo. Mas é preciso ter um cliente de torrents para o download funcionar.

A Night At The Opera - Queen

[Ouvindo: Bohemian Rhapsody - Queen - A Night At The Opera]

27 de janeiro de 2008

Quatro anos

Como escrevi alguns posts abaixo, hoje é o aniversário de quatro anos da Casa Proença. Comentando com uns amigos sobre isso, ouvi o seguinte comentário: "Quem tinha blog em 2004 é muito nerd". É verdade. Os blogs se popularizaram e hoje quem tem um já não é nerd ou geek. É normal.

Mas lá em janeiro de 2004, e até antes, na época do Odysseus, ter blog era coisa pra quem era muito viciado em computador. Tá, tudo bem, eu era bem viciadinho. Jogava Flight Simulator direto. Vivia navegando e descobrindo coisas na internet. Hoje, os amigos me contam das novidades da rede. No passado era eu quem apresentava as novidades a eles.

Essa história de blog começou para mim em junho de 2003, quando eu participava de uma lista de discussão de colegas jornalistas chamada "Salinha do CA". A galera da lista resolveu criar um blog coletivo e eu deixei uns poucos posts lá. Achei esse negócio de blog legal e criei um pra mim, o Odysseus, no servidor de blog do meu provedor na época.

Com o Odysseus e mais tarde nessa Casa, fiz o que passei a chamar de "amigos de blog". Georgia, Alicinha, Dellandréa, Stijn, Mauro, gente que nunca tinha visto na vida, mas que eu conversava diariamente, pelos posts e comentários. Alguns deles continuam postando prolificamente. Estrelinhas para Georgia e Dellandréa, principalmente.

Já a Casa Proença teve muitos altos e baixos. Momentos em que priorizei outras coisas, em que deixei os posts pra lá. Semanas e semanas sem dar notícia. Mas quando voltava, vinha pra valer. Um blogueiro bipolar.

O fato é que estou com uma pontinha de orgulho pelos quatro anos da Casa Proença. Não que tenha muitos leitores, visibilidade na net, nos Delicious ou Technoratis da vida, mas porque um cantinho da rede onde venho dizer minhas bobagens durou tanto tempo.

[Ouvindo: Da Ya Think I'm Sexy? - Rod Stewart - The Story So Far: The Very Best of Rod Stewart]

22 de janeiro de 2008

Desconforto

Senti a porta abrir e o ar frio entrar meio sem jeito, pedindo desculpas por atrapalhar. Uma virada na cama, um resmungo e a reclamação: "Fecha isso aí". O leite já tinha estragado e ela nem sabia. Suportar isso toda noite, sem exceção, era como carregar um cavalo nas costas no meio de um lamaçal. É o que dá quando não se pesa as conseqüências, quando a razão escapa rapidinho, no meio da vida da gente. Agora era tarde para voltar atrás e dizer: "Só fico com você se largar essa vida".

O pior é que nem dava pra reclamar. Ela punha o pó na mesa e o uísque no meu copo. Comida quando desse fome, cama quando desse sono. Nos intervalos, pó e uísque, talvez um pouco de tevê. Meu irmão diz que essa é uma vida chata. Nunca gostou de eu ter ido morar com Circe, não admite que o maninho mais novo é o gigolô de uma puta. Mas ele bem que olha pra ela com gosto. Todos olham. Eu nem ligo. É o trabalho dela. Só não agüento quando ela chega no meio da noite, cheirando a sexo, com jeito de cansada, ardida, não dá pra mim. Só de manhã. Mas aí quem não quer sou eu. Se pelo menos eu não me incomodasse com isso, até poderia ir tocando, pó, uísque e tevê, uma punheta de vez em quando.

Até que, na quarta-feira, bem cedo, logo que acordou - ela tem essa mania ridícula de levantar cedo, antes das 11 horas - me disse com um sorriso: "Vou largar a vida". No início achei legal, finalmente teria a Circe pra mim e só pra mim. Mas a ficha caiu meio rápido, tanto que nem deu pra aproveitar o momento: "Porra, quem é que vai trazer grana pra essa casa?". O silêncio. Teria que ser eu. Bem feito. Você namora uma puta, ela te fode. É a lógica do jogo.

"Sem chance". Rompi a quietude do quarto, com um resmungo. Ela não retrucou. Apenas vestiu a calça e os tênis surrados e saiu pra rua: "Vou comprar camisinha". Por mim tudo bem, não quero nem saber. Pó, uísque, tevê, punheta. Deixo a porta do quarto aberta e sonho com os anjos a noite toda. Nada mais me incomoda.

(Publicado pela primeira vez em 23/06/2003 - veja post abaixo)

Aniversário

Dia 27, como já escrevi alguns posts abaixo, o Casa Proença faz aniversário. Quatro anos de blog com esse nome. Desde 2004 tem gente (pouca, mas de altíssimo nível) lendo as bobagens que escrevo.

Para comemorar, dei um jeito - e não foi difícil - de colocar os arquivos antigos do blog, da época em que ele tinha outro leiaute e era feito na mão, em puro html. Claro que os comentários foram apagados pelo Halo Scan, que era o sistema de comentário que eu usava antes de migrar para o Blogger/Blogspot. Os links para os arquivos estão na coluna da direita.

Antes da Casa Proença, houve o Odysseus. Ainda tô matutando quando comecei com esse negócio de blogs, mas não consigo achar nenhum traço do Odysseus no meu computador. Exceto por um continho que publiquei no blog e achei que valia a pena salvar antes do BrTurbo - o Odysseus ficava no The Blog - deletar tudo o que havia lá. É esse texto que republiquei aí em cima. A data é 23 de junho de 2003. Tá bom, vamos considerar essa como sendo a data oficial da minha entrada no universo blogueiro.

[Ouvindo: 2000 Man - Rolling Stones - Their Satanic Majesties Request]

Doze

Uma rua praticamente deserta, doze anos depois. Se encontraram por acaso. Não pensavam mais um no outro.

- Meu Deus, há quanto tempo?

- Muito - ele respondeu, a voz meio cansada, meio alterada pela ressaca.

- Muito - concordou ela.

- O que você faz por aqui?

- Vim para o show dos Stones. Você também?

- É. Mas foi meio fraco, não acha?

- Eu gostei.

- Pô, eles não tocaram nada mais antigo, do Beggar's Banquet, por exemplo.

- Você e as músicas antigas. Sempre um relógio analógico num mundo digital.

- Gostei disso. Inventou agora? - ele perguntou ironicamente, ofendido.

- Arrã. Tenho minhas tiradas.

- Todos têm o seu dia. Tá sozinha?

- Com meu marido.

- Casada? Não brinca!

- Claro que sim. Você não?

- Nem pensar.

- Nem pensou em amadurecer um pouco nesses onze, doze anos? - corrige ela rapidamente.

- Sei, casar é amadurecer. Claro.

- Não me venha com essas ironias. Pela roupa vejo que ainda sofre de Síndrome de Peter Pan. Essa camisetinha justa não fica bem na barriga de um coroa.

- Há quem goste.

- Claro, na Praça Mauá.

- Quem é o irônico, mesmo? - revida ele.

- Touché.

- E esse tal marido, te faz feliz?

- Sim, é claro.

- Como eu te fazia feliz?

- Você não me fazia feliz. Me deixava com tesão. No começo era bom, mas casal nenhum agüenta viver só trepando.

- Não me parece uma má idéia.

- Não foi a impressão que eu tive nas últimas vezes.

- Touché - ele sorriu.

Ela sorriu de volta e virou-se atendendo ao chamado de um homem mais velho, que acenava de dentro de uma minivan de luxo.

- Teu marido tá chamando. Carro de coroa o dele, hein?

- Esse é o meu. O dele é um 4x4 importado.

- Claro que é. E aposto que ele tem uma lancha também.

- Jet-ski.

- Seria minha segunda alternativa.

- Você ainda veleja?

- Cada vez mais. E ainda coleciono carros esportivos e ainda jogo videogame. Mais alguma pergunta para você medir o grau de maturidade?

- Não, nenhuma.

- E ainda trepo como quando tinha 25 anos - ele completou por conta própria no momento em que uma garota de 21 pendurou-se no braço dele, usando top e microssaia. Ela olhou com desdém para a menina, balançou um pouco a cabeça e despediu-se dos dois.

Ao entrar no carro, sentiu o gosto amargo de uísque que sempre sentia nos lábios dele, o cheiro do suor de seu umbigo, a textura de seu pêlos. Uma breve memória sensorial da vida que teve.

Ele, ao beijar a ninfetinha ao seu lado, sentiu o perfume importado que a ex-mulher usava, o gosto do seu batom e sentiu nas coxas da garota, a textura madura do passado. Lembranças da vida que não mais teria.

[Ouvindo: DownThe Road Apiece - Rolling Stones - Now]

18 de janeiro de 2008

Eita mundinho

Cá estou eu, distante 1150 quilômetros da minha casa, tomando um espresso dopio e comendo uma fatia de torta de chocolate na Livraria da Travessa, no Shopping Leblon, e cruzo com um colega dos tempos de faculdade. Luiz Fernando Pereira, que eu não via há pelo menos quatro anos, está morando no Rio de Janeiro. E eu, viajando para a cidade de vez em quando para estudar ou trabalhar. Nos encontramos numa livraria. Serendipity, diriam os gringos. Coincidência, complemento. Volta o blog do Nando para a lista de links.

11 de janeiro de 2008

Sobre a lista

Pertinentes os comentários dos amigos sobre a lista dos álbuns que todos deviam ouvir. Deixei Sabbath de fora, deixei Rick Wakeman de fora, Cure de fora, muita gente boa de fora. Vou dar uma reavaliada nessa lista.

Lembrei de mais alguns, como Like a Virgin, da Madonna. Tem que ter The Lamb Lies Down On Broadway, do Genesis. Algum do Yes. Tá faltando coisa boa ali. Outro dia eu complemento, com as sugestões dos amigos devidamente avaliadas, e mais alguns que eu lembrei depois.

[Ouvindo: Universally Speaking - Red Hot Chili Peppers - By The Way]

10 de janeiro de 2008

Tem que ouvir: Thriller - Michael Jackson

thriller Muitos dos que comentaram no post abaixo vão torcer o nariz para esse primeiro álbum que escolhi para comentar. Michael Jackson é conhecido por sua síndrome de Peter Pan as acusações de pedofilia e tantas outras manchetes que esse astro mirim já rendeu. Mas, na minha opinião, ele é um dos maiores músicos do século passado.

Tá, o cara ainda tá vivo e é capaz de ter lançado alguma coisa recentemente. Porém, o que vale ouvir é velho. Coisa do tempo de Ben, ABC e outros singles de primeira linha. Jackson fez outras coisas boas depois de Thriller, seu álbum de 1982 e o que obteve o maior sucesso. Mas nada igual. O disco vendeu mais de 104 milhões de cópias. É o álbum mais vendido da história. Só isso já bastaria para fazê-lo figurar na minha seleção "tem que ouvir".

Esse disco foi um dos primeiros que ganhei dos meus pais, quando tinha 11 ou 12 anos, em Araranguá. Meu velhos recém haviam comprado um três-em-um da Sony, modelo HMK 339BS Gold. Todo em madeira e aço escovado, era uma beleza. Estávamos tão orgulhoso desse aparelho que alguém, acho que um tio, tirou uma foto minha e de meu irmão na frente do aparelho. Na minha mão, o encarte de Thriller. Na de Giuliano, o segundo disco do Balão Mágico. Pena que não tenho a foto aqui. Deve estar em alguma caixa na casa dos meus velhos.

Eu sabia (minto, eu sei) de cor todas as canções de Thriller. Ouvi à exaustão o álbum. E ainda hoje o considero um dos grandes discos jamais gravados. Entre as músicas mais conhecidas, dá pra citar a faixa título, Beat It, Billie Jean e Human Nature. Quem tem mais de 30 e não lembra dos clipes do álbum no Fantástico, os primeiros vídeos com enredo em vez de montagens desconexas de imagens?

A produção e arranjos do genial Quincy Jones são a polida que Jackson precisava para fazer o estrondoso sucesso. Isso, concatenado com maciços investimentos em publicidade (Michael virou garoto propaganda da Pepsi e aparecia em tevês de todo o mundo), criou um tremendo buzz em torno do álbum. Alguns singles de Thriller foram distribuídos no Brasil como brindes da Pepsi.

Das músicas desse disco, a minha favorita é Beat It, que tem a participação de Eddie Van Halen no riff de guitarra. Excelente, por sinal. Em segundo lugar, coloco Billie Jean. Como baixista, sou fissurado na levada de baixo que essa canção tem. Em terceiro, Human Nature, que tem uma letra de chorar e não é de Jackson. Steve Porcaro, tecladista do Toto (vocês lembrariam de Rosana, o único grande hit do Toto), compôs a música e John Bettis, letrista bastante ativo nos anos 1980, fez a letra.

As faixas de Thriller:

  1. Wanna Be Startin' Somethin' (Jackson)
  2. Baby Be Mine (Temperton)
  3. The Girl Is Mine (Jackson)
  4. Thriller (Temperton/Jackson)
  5. Beat It (Jackson)
  6. Billie Jean (Jackson)
  7. Human Nature (Porcaro/Bettis)
  8. P.Y.T. (Pretty Young Thing) (Ingram/Jones)
  9. The Lady In My Life (Temperton)

Se quiser baixar o álbum, use o link para o torrent abaixo (mas é preciso ter um programa compatível para baixar torrents).

Thriller_-_Michael_J

[Ouvindo: Beat It - Michael Jackson - Thriller]

Previsão de tempo

Chuvas para o final de semana, com queda brusca da temperatura.  Em Florianópolis, os termômetros não passam dos 26 graus no sábado e domingo.

Nada de vela nesse final de semana e tampouco de praia. Hora de assistir os mais de dez filmes que tenho gravados em casa e até agora não tive tempo.

Quem quiser ver as tabelas que consulto, o link é este.

[Ouvindo: Hino De Duran - Chico Buarque de Holanda - Chico 50 Anos - O Malandro]

9 de janeiro de 2008

Casa velha pra caramba

Fui vasculhar o meu disco para descobrir se tenho algum arquivo das versões anteriores do blog. Não é que tenho?! Olhando os arquivos em HTML (por muito tempo a Casa Proença foi feita na munheca, no Dreamweaver), descobri que o primeiro post do blog com esse nome é de 27 de janeiro de 2004. São quatro anos no final do mês, o que já é alguma coisa.

Já era blogueiro antes disso, mas o blog se chamava Odysseus e ficava hospedado no BrTurbo. Aqueles arquivos eu não tenho mais. Guardei só os contos e crônicas mais legais, em doc mesmo, que fui repostando na Casa Proença.

Vou ver se bolo um jeito de colocar os arquivos antigos no ar, para quem quiser relembrar o tempo em que eu postava quase todo dia, não quase toda semana.

[Ouvindo: Mommy, What's A Funkadelic? - Funkadelic - Funkadelic]

Tem que ouvir um dia

Hoje, pedalando na Beira Mar de São José e ouvindo Back in Black, do AC/DC, observei a faixa etária do povo que estava caminhando por ali e pensei: "Muitos desses caras nunca vai ouvir essas músicas". E comecei a imaginar e listar álbuns que as pessoas não poderiam deixar de ouvir.

"Pô, vou botar uns posts assim no blog", raciocinei. Pois bem, esse é o primeiro. Quer dizer, nesse eu vou listar 40 discos que ninguém que queira conhecer um pouco de música pop-rock de língua inglesa pode deixar de ouvir, pouco importa o gosto musical. É música boa. Claro que vou me ater a pop e rock, porque os eruditos eu deixo a cargo do meu irmão. Disso ele manja melhor que eu.

Na minha opinião, os primeiros 40 discos que valem a audição (e o download, nesses tempos tão MP3):

  • Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band - The Beatles
  • Thriller - Michael Jackson
  • Beggar's Banquet - Rolling Stones
  • Rumours - Fleetwood Mac
  • A Night At The Opera - Queen
  • Back in Black - AC/DC
  • Nevermind - Nirvana
  • Breakfast in America - Supertramp
  • Dark Side Of The Moon - Pink Floyd
  • Disraeli Gears - Cream
  • The Queen Is Dead - The Smiths
  • Highway 61 Revisited - Bob Dylan
  • Led Zeppelin IV - Led Zeppelin
  • Introspective - Pet Shop Boys
  • Kind Of Blue - Miles Davis
  • London Calling - The Clash
  • Brothers In Arms - Dire Straits
  • Pablo Honey - Radiohead
  • Pet Sounds - The Beach Boys
  • Songs In The Key Of Life - Stevie Wonder
  • Goodbye Yellow Brick Road - Elton John
  • Stop Making Sense - Talking Heads
  • Surfer Rosa - Pixies
  • The Rise And Fall Of Ziggy Stardust & The Spiders From Mars - David Bowie
  • Transformer - Lou Reed
  • (What's The Story) Morning Glory? - Oasis
  • Who's Next - The Who
  • Never Mind The Bollocks - Sex Pistols
  • Morrison Hotel - The Doors
  • Maxwell's Urban Hang Suite - Maxwell
  • Machine Head - Deep Purple
  • Love - The Cult
  • Interstate '76 - Bullmark
  • Hysteria - Def Leppard
  • Rocket To Russia - Ramones
  • Electric Ladyland - Jimi Handrix
  • Blood Sugar Sex Magik - Red Hot Chili Peppers
  • The Joshua Tree - U2
  • American Beauty - The Grateful Dead
  • Is This It - The Strokes

A lista não tem ordem alguma. São discos que têm, cada um, suas pérolas, nuances, importância para a história da música pop. Devagarzinho eu vou falando de cada um deles.

Se alguém notar uma ausência gritante, me avise nos comentários. Sempre gosto de conhecer boa música.

[Ouvindo: El parque de Cervantes - Loquillo y Trogloditas - Tiempos Asesinos]

6 de janeiro de 2008

Seis dias não é muito

Quem esteve nesse bloguinho nos primeiros seis dias de janeiro, pode ter notado que o navegador exibia "Casa Proença 2007" no título. Hoje atualizei o template, fiz umas pequenas mudanças e dei a partida na Casa Proença 2008.

Ano novo mas uma casa antiga, com o mesmo espírito e o mesmo jeitão de sempre, imutável desde a época do Odysseus. Os leitores antigos vão lembrar.