29 de janeiro de 2010

God hides on subway lines

There I am, looking to the rails from the platform, considering if I’d ever jump in front of a running train. Thinking if the thousand volts on the third rail might make the world of stocks, bonds, foreign currency disappear forever. It probably would, but I got a Playstation and a cozy armchair waiting for me at home. It’s not worth the jump.

But a small girl, looking like Russian, is staring at the tracks, just like I was. Now, she’s the focus of my eyes. You know the type: blonde as a canary, legs long as the Empire State Building, Eyes blue as a summer sky in the Hamptons. And Russian, of course. She resembles one of those tennis players whose name sound like a vodka brand.

And she’s staring at the tracks with a crazy look in the deep blue eyes. I’m starting to worry. Is she thinking suicide thoughts? Did I have that same look a few minutes ago? Barely have time to do anything and the Q train approaches. The whistle of metal against metal and the wind on the platform.

She takes one step forward. I know. And she looks at me, just a glance. And she knows I know. We both know and are in it together. I jump towards her and my body is so much stronger than hers. She is leaning forward the train and an old lady screams “Oh my God”. A young latino couple shouts “fuck” in unison.

Her body and mine, now one single human being, barely miss the train. We just bump in the lateral and the engineer hits the breaks as fast as he cans. When the train stops, we’re bruised, we’re bleeding, but we’re alive. People aorund scream, some even cry. I do nothing like that. Neither does she. We just look at each other. And I ask her why. In a Russian accent, she simply says: “’Cos god hides on subway lines”.

24 de janeiro de 2010

Não foi agora

Acabei não indo velejar no sábado. Depois de ter acordado cedo e decidido sair com o Gostosa, o tempo começou a ficar meio feio. Aí abortei a saída. Até daria para ter ido, mas umas nuvens escuras rondaram os céus de Floripa durante praticamente todo o dia.Aí é melhor não arriscar. Ficou para a semana que vem, se o tempo ajudar.

23 de janeiro de 2010

Para tirar o “branco neve”

Daqui a alguns minutos, saio de casa rumo a Santo Antônio de Lisboa para uma velejada. Um pouco de sol, mar e vento é tudo o que preciso para fazer o corpo perceber que está de novo em Florianópolis.

Há um bom tempo que não velejo. Nem lembro quando foi a última saída. Mas tô seco para embarcar no Gostosa e rumar em direção a nenhum lugar específico e sentir o barulho do casco contra as ondas.

Tô levando a câmera a prova d’água que ganhei de Natal dos meus pais e na volta posto fotos da saída.

17 de janeiro de 2010

Uma última noite em NYC

Domingo, 1h30min, horário local. Separamos as coisas para arrumar as malas amanhã. Não fizemos nada especial hoje à noite. Só umas compras, fui pegar meus ternos no alfaiate e subimos no terraço do prédio para fazer umas fotos da vista. É nossa última noite aqui.

Nem fomos embora, mas já sinto saudade. Sempre brinquei com os amigos dizendo que de Floripa só sairia para New York. Isso antes de conhecê-la. Agora, essa sensação se reafirma. A vibração da cidade é a minha vibração. Sabe aquela sensação de pertencer a um lugar? Pois é, eu me sinto assim aqui, especialmente no Village, que foi onde ficamos mais tempo. Me sinto assim na Costa da Lagoa, também. Mas, calma. Uma coisa por vez. Primeiro conquistar a Costa, depois NYC, hehehehe.

Hoje rumamos para o Brasil. Saímos daqui à noite, para chegar em Guarulhos pela manhã, na segunda, e em Floripa à tarde. Vai ser gostoso estar de volta em casa, mas sempre vai ficar uma pontinha de saudade de New York.

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O telhado do prédio em que estamos, de dia…

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… e de noite. Vai dizer que não é de dar saudade?

15 de janeiro de 2010

Pop on classics

Nem só de compras e visitas a locais turísticos é feita a vida de turistas brasileiros em NYC. Nesse quase um mês – que infelizmente está se encerrando – que passamos em Gotham, experimentamos um pouco de cultura. A cidade é rica em oferta e sabendo procurar e buscar, dá para usufruir por preços razoavelmente módicos.

Bem, todo turista interessado em ir a um show da Broadway sabe da existência do balcão da TKTS na Times Square. Lá, se compram ingressos pela metade do preço para os espetáculos do dia. E os lugares não são ruins não. Normalmente primeiras filas laterais.

Mas o que nem todo mundo sabe é da existência de um balcão igual, no Southstreet Seaport, na John Street. Bem menos concorrido que o da Times Square e com os mesmos descontos. Lu e eu compramos ingressos para três espetáculos lá: Radio City Christmas Spectacular, Mamma Mia! e Hair.

No primeiro, a Berna foi conosco. Adorou! Eu achei mais ou menos, porque não tinha bem uma história. Era mais um apanhado de números de dança com temas natalinos. Desnecessário comentar que a Lu ficou felicíssima. É só olhar a foto dela e da Berna.

Mamma Mia! e Hair nós fomos nesta semana. Ambos muito legais. Mas eu gostei mais mesmo é de Hair. O espetáculo é muito despretensioso, com uma música fantástica. É demais! Claro que a historinha do filme do Milos Forman é mais legal, melhor contada e tal. Mas ver ao vivo tem o seu valor.

Esse foi o lado pop do negócio. Mas também temos nossa vertente mais erudita. O Nano comprou para nós, ainda de Viena, pela internet, ingressos para assistir Turandot, de Giacomo Puccini. No Met. A gente não somos fraco, mermão! Lá fomos nós cinco, de roupa de domingo ver a ópera no Met. Da ópera, vocês já sabem, e se não souberem, dêem uma googleada. Agora, a montagem do Met é ducaramba. Cenários móveis, cantores muito bons, uma orquestra excelente. Realmente, valeu a pena. Agradecimentos especiais ao meu irmão Giuliano, nosso personal music-expert.

Também no Lincoln Center for Performing Arts, onde fica o Met, fomos assistir a um balé. O Quebra Nozes, de Tchaikovsky. Até eu, que não gosto muito de dança, fiquei impressionado com esse balé. Nano e pai passaram, mas eu fui com as meninas. E valeu a pena ter ido. Tanto que temos planos de ver mais um balé antes de ir embora. Tem um amanhã, Short Stories, com música de Leonard Bernstein, Igor Stravinsky e Sergei Prokofiev. Se conseguirmos ingressos por um bom preço, vamos assistir.

E, dependendo do tempo, ainda quero pegar uma peça na Broadway. Scarlett Johansson estrela um texto de Arthur Miller, a View from the Bridge. Achei legal porque é uma peça sobre NYC, sobre os trabalhadores italianos no Brooklin. Vamos ver se dá tempo e se tem os tickets no TKTS. Se não, tem Race, do David Mammet, com o James Spader. Mas só se der tempo.

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Saguão do Metropolitan Opera House.

13 de janeiro de 2010

Uma tarde no museu

Na verdade, foram duas: anteontem, no American Museum of Natural History, e hoje, no Metropolitan Museum of Art. No museu de história natural, foi nossa segunda visita. Apenas para terminar de er algumas coisas que deixamos de fora na primeira vez. Muito legal os meteoritos, a baleia gigante no meio da sala que trata da vida nos oceanos e o melhor de tudo: dinossauros. Caramba, os bichos eram grandes mesmo.

Foi legal também ler as descrições das teorias dos caras lá em 1920, quando começaram a descobrir os ossos de dinossauros que agora estão expostos. Lembro de uma em que o cientista decrevia o momento, durante um almoço, em que um colega dizia ter descoberto ovos de dinossauro. Até então se discutia se dinossauros eram répteis, pássaros, mamíferos. E o cara vai lá e descobre ovos de dinossauro. Muito legal ler sobre esses momentos da ciência, da descoberta do conhecimento pela humanidade. Uma coisa que parece tão óbvia e corriqueira para nós, em algum momento, alguém teve que teorizar, buscar hipóteses, provas, confirmar suas idéias. Demais mesmo.

A outra tarde, no Met, foi curta. Vamos ter que voltar. Se não nessa visita a NYC, em outra – alguém duvida que ficamos com vontade de voltar, sem nem sequer ter ido embora ainda? Ficamos mais de uma hora apenas na ala de artefatos egípcios. Tumbas reconstruídas dentro do museu, múmias, sarcófagos, vasos, estátuas, paredes cobertas de hieróglifos.  The works.

O prédio do Met é enorme. Numa praça com estátuas, tem até a fachada inteira de um edifício antigo da Wall Street, demolido nos anos 1920. Só deu pra ver bem duas exposições: Egito antigo e armas e armaduras. As duas muito legais. Se der tempo, voltamos lá.

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Luciana na frente dos ossos de um tiranossauro rex. Ele só passou a ser montado assim, com a espinha dorsal paralela ao solo de uns tempos para cá, dentro das novas teorias sobre o bicho. Antes, era montado mais em pé, como a gente vê nos filmes.

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Portal do Templo de Dendur. Dá pra ter uma idéia do tamanho do negócio. Agora imaginem o tamanho do museu!

10 de janeiro de 2010

As imagens que valem por mil palavras

Os últimos comentários são unânimes: “mais fotos da viagem”. Se é isso que pede essa imensidão de leitores, atendemos aos pedidos. Um curto, porém ilustrativo álbum dos nossos dias, até agora, em NYC.

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Lu na árvore de Natal do Rockfeller Center.

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Família no Central Park, dois dias depois da nevasca.

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Almoço no Carmine’s do South Street Seaport. Dica da Tatá.

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Relógio do salão de leitura principal na biblioteca pública.

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Chrysler Building, visto do mirante do Empire State.

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Joaquinense João, de pala num parque do Soho.

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Iluminação de Natal, no campus da Columbia University.

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Lua sobre o Empire State Building. Foto tirada da Union Square, que foi nosso caminho rotineiro por 20 dias.

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Vista das colunas de ferro fundido de nosso prédio, refletida na janela do prédio da frente. Foi a Lu quem tirou.

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Pretzel salgado – de preço e gosto. Experiência gastronômica mal sucedida da Lu.

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Vista dos prédios do Financial District, com os guindastes da obra no Marco Zero em primeiro plano.

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Lu a poucos passos do Oz, leão marinho do NY Aquarium.

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Auto retrato meu, concentrado nos peixes do aquário.

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À esquerda da grade, o calçadão de madeira de Coney Island. À direita, a areia da praia. Cobertos pela neve.

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Nunca vi tão feliz! Lu no Carrossel do Central Park. A Berna tá no cavalo de trás.

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Passeio de macho: armas nucleares, aviões de combate e um porta-aviões do tamanho do Chrysler Building. Nosso dia no Intrepid.

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Helicóptero de combate no convés de vôo do Intrepid. Me admira a foto não estar tremida. Estava batendo os dentes de frio. 

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Times Square à noite. Foto da Lu.

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Primeira manhã no apartamento da 24th e a neve voltou. Lu captou o telhado vizinho ainda antes de derreter.

IMG_7726 Saguão principal da Grand Central Station. 

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Vanderbilt Hall, na Grand Central. Todo em mármore rosa.

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Ferromodelismo no museu da MTA. Impressionante!

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Flatiron Building, pertinho de casa.

8 de janeiro de 2010

Em novo endereço

Hoje o pai, a mãe e o Nano foram embora. Pai e mãe para o Brasil, Nano para Áustria. Saíram logo no início da tarde, meio atrasados porque fiquei configurando um HP Mini que o Nano comprou hoje ao meio-dia. Ele já levou zerado, pronto para ser usado.

Demos uma limpadinha no apê da 11th com Broadway e viemos para nosso novo lar nos próximos 10 dias: 24th, quase na esquina com a 2nd. Um studio, bem legalzinho e confortável. Não é tão grande quanto o loft que estávamos antes, mas para duas pessoas, fica até maior.

Estamos num distrito de New York chamado Gramercy. É perto do Gramercy Park. Entre o parque e o rio. Nesse lado, é o East River. Amanhã saímos para explorar a região. Por hoje, foi só comer num diner aqui perto, fazer umas compras, e rumar de volta ao apê.

4 de janeiro de 2010

Relapso

É, estou relapso no relato da nossa viagem, mas é que andei trabalhando nesses últimos dias. São as minhas férias, eu sei, mas quando a gente assume um compromisso de fazer alguma coisa, tem que entregar. E entregar bem feito. Por isso, eu e o Marcelo estamos sacrificando parte de nossas férias. Para fazer um belo trabalho e deixar um cliente satisfeito.

Mas, nada de choradeira ou desculpas, vamos ao que interessa. No primeiro dia do ano, depois de visitar a Union Square cheia de neve, fomos a Coney Island, visitar o New York Aquarium. Belo passeio, embora a viagem de metrô até lá seja longa. Pelo menos o trem Q passa na estação aqui perto e leva a gente até lá sem precisar trocar de linha.

O aquárío é muito legal e pudemos ver de perto morsas, leões marinhos, focas, ariranhas e, pelo vidro, os tubarões. É tudo muito organizado e bastante divertido. Porém, desse passeio, o que mais me impressionou foi ver uma praia coberta pela neve. Engraçado, mas não há nada de estranho nisso para quem está acostumado. Mas eu, que não consigo relacionar neve a litoral, achei a coisa mais louca do mundo.

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Mesmo o Nano, acostumado a neve, achou legal ela ao lado do mar.

No dia 2, fomos ao Central Park, já que não estava tão frio. Era um dia “passeável” ao ar livre. O parque é grande mesmo e um barato. Para todo lugar que você olhe, há arranha-céus ao lado da natureza, o que deixa a imagem totalmente surreal. A Lu e a Berna andaram no tradicional carrossel e todos tiramos fotos na estátua de Alice no País das Maravilhas e na de Hans Christian Andersen também. Visitamos o rinque de patinação e pude ver uma Zamboni ao vivo (para quem não sabe, é a máquina que alisa o gelo. Queria pilotar uma dessas).

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O parque, dominado pelos arranha-céus ao redor.

Hoje, dia 3, eu fiquei trabalhando pela manhã, em casa, e eles foram a missa. Calma, calma, que ninguém se converteu. Foram a uma igreja no Harlem, acompanhar o culto para ouvir um coral gospel. Só que a missa durava três horas (!!!!) e eles ficaram até o final em sinal de respeito. Encontrei-os para o almoço já passava de três e meia, na Times Square. Depois, de lá, foi visitar a Toys ‘R Us e voltar para casa.

1 de janeiro de 2010

Despedida nevada

Demos adeus a 2009 num dia de neve em New York. Logo que acordamos, em torno de oito horas, a neve começou a cair. Saímos, Lu, Nano e eu, para comprar um notebook na Best Buy da Union Square abaixo de neve. Na praça, fiz esse vídeo dos dois, brincando com bolas de neve.

Feliz 2010 para todos.