26 de fevereiro de 2008

Tempo de reforma

Minha relação com as reformas é de ódio e amor. Reformei um veleiro que estava bem judiado e deixei novinho. Comprei um apartamento detonado e deixei apresentável e agora estou às voltas com um Puma 76 que precisa de restauração.

A reforma do barco me deu um tremendo trabalho porque o cara que contratei era enrolado, não cumpria prazos, dava desculpas para não fazer o trabalho. Depois de muitas idas e vindas o Gostosa ficou pronto e bem reformado. Pelo menos isso.

Com o apartamento foi parecido. O eletricista simplesmente sumiu no meio da obra e a Lu e eu tivemos que terminar sozinhos a instalação elétrica. O encanamento foi muito mal feito e a parede da área de serviço precisou ser quebrada mais de uma vez para isolar um cano de esgoto que o primeiro encanador deixou aberto, vazando dentro da parede. Na verdade, fiquei tão estressado com a reforma que nunca terminei. Até hoje meu apartamento está inacabado.

Agora dei azar de novo com a mão-de-obra. João do Puma, o fibreiro que vai reformar o meu tubarão 76, quebrou o pé e vai ficar 60 dias sem trabalhar. Resumo: como viajamos de férias, Lu e eu, no final de junho, não vai dar tempo de restaurar o puminha até lá. Vai ter que ficar para a volta. Paciência.

[Ouvindo: She Loves You - The Beatles - Past Masters Vol 1]

20 de fevereiro de 2008

Dia importante

Hoje é um dia essencial na minha vida. Há (censurado) anos, nascia uma gauchinha morena. que Yeda e Adalgiso batizaram de Luciana. Certamente era um bebê bochechudo. Se não era, adquiriu essa qualidade na vida adulta.

Conheci-a quando, ainda estudante de engenharia elétrica, resolvi me meter no movimento estudantil da UFSC. O diretório central mantinha uma rádio pirata no campus e começamos a trabalhar juntos na emissora.

O primeiro contato foi coisa digna de Calvin e Susie. Numa reunião da rádio, Luciana, um pouco ressabiada com o risco de uma batida policial, perguntou o que faria com o transmissor num caso desses. A minha resposta foi 100% lageana: "Enfia na boca". Um lorde, como sempre.

Ainda assim, fomos juntos a uma festa do curso de jornalismo no Clube Penhasco (os mais velhos vão lembrar do lugar). Ela já estava na terceira fase, mas ainda assim deu uma chance pro engenheiro calouro. Felizmente.

Daquela noite em diante, 18 de maio de 1990, não vivemos mais um sem o outro. O período mais longo sem se ver foi quando o pai dela ficou doente e os planos de nos encontrarmos em Viena foram frustrados. Ficamos 26 dias falando apenas pelo telefone.

Hoje ela não vai ganhar presente nenhum. Não escolheu ainda o que quer. São tantas coisas. Pena que não posso bancar todas. Ela merece. Merece até muito mais. Merece muito mais do que eu. Mas, magnânima, escolheu um piá narigudo pra fazer feliz.

[Ouvindo: No Ordinary Love - Sade - The Best Of Sade]

19 de fevereiro de 2008

Férias

Pois é, meus caros leitores: estou em férias. Oito dias de folga para resolver pequenos problemas domésticos - tevê da cozinha que pifou, fogão que precisa de regulagem, lâmpadas que precisam ser trocadas, pequenos reparos no barco e no Puma. Mas, acima de tudo, uma semana para cuidar da minha mãe, que ontem fez uma pequena cirurgia no joelho. Estarei com meus velhos aqui em casa nesse período de recuperação da Berna.

14 de fevereiro de 2008

Platinado

Três semanas atrás, meu Puma resolveu parar de funcionar. Até levei o felino numa oficina aqui perto de casa, mas não resolveram. Não é todo mundo que mexe em carro antigo. O problema é que o mecânico que costuma mexer nele estava em férias, oficina fechada até depois do Carnaval..

Ontem consegui chamar um guincho e mandar o carro até Rui, o mecânico. O problema era com a ignição eletrônica. Uma modernidade adaptada ao antigo motor boxer de quatro cilindros opostos e dois carburadores que equipa o carrinho. Tá bom, é um motor de Brasília com pequenas modificações.

Bem, o fato é que pedi ao Rui que tirasse a ignição eletrônica e substituísse toda a distribuição pelo sistema original, de platinado e condensador. Foi barato e o carro tá rodando macio. Além disso, o fato da distribuição ser igual à original garante uns pontinhos a mais na vistoria para a placa preta.

[Ouvindo: Heroes - David Bowie - Heroes]

10 de fevereiro de 2008

Fim de semana comprido

O dia de todo mundo tem 24 horas. Um final de semana, portanto, 48 horas. Muitos finais de semana são desperdiçados. Este que está acabando daqui a duas horas, eu não desperdicei.

No sábado pela manhã fui ao RCFL, o clube de aeromodelismo de Florianópolis. Estou fazendo aulas de aeromodelismo para poder usar o presente de Natal que a Luciana me deu: um Cessna 182 radiocontrolado.

Ao meio-dia, almoço com os amigos Paulo e Renata, no Recanto das Sereias, em Itapema. Estava indo correr com o pessoal do trabalho no nosso campeonato interno de kart. Fiquei em terceiro nessa corrida. Melhor que o quarto lugar da bateria passada.

À noite, um cineminha com a Berna e a Lu para assistir Sweeney Todd. Recomendo. É um musical de humor negro, negríssimo. Mas dirigido pelo Tim Burton e estrelado por Johnny Depp e Helena Bonham Carter. E Tim Burton combinado com esses dois sempre vale a pena.

Domingão meio nublado, com pouco vento. Ainda assim pulei cedo, enchi o galão de gasolina e toquei pra Marina. Com o Carlito como proeiro, saí pra velejar no Gostosa. Erguemos os panos pouco depois das 10 horas e só fomos conseguir um ventinho às 12h45min. Mas valeu. Em menos de uma hora fomos da ilha de Ratones Pequeno até a Costeira da Armação, em Governador Celso Ramos. Vai ser fácil chegar até a Fazenda da Armação ou Tinguá.

Final de tarde do domingo, papo com os amigos na Lagoa da Conceição, tomando um Smoothie no Jungle Juice. O único porém é que, como não almocei por ter passado a manhã e parte da tarde no mar, enchi a pança de comida. Tudo bem: amanhã eu capricho nas pedaladas e fico mais leve. Pelo menos a consciência.

8 de fevereiro de 2008

Blogosfera

Essa história de reativar o blog fez com que eu voltasse à navegar em blogs sem interesse puramente profissional. Por conta disso, coloquei mais uns links aí ao lado. Um deles é o do meu irmão, Giuliano, falando sobre as viagens dele à Bósnia. Acho que é o país preferido dele, que mora em Viena, Áustria, há mais de oito anos.

Outro blog vocês notaram em função de uns posts abaixo. É o da Anacris, que eu já conhecia mas tinha perdido o endereço (um dos contras de não guardar o histórico do MSN). Vale a leitura.

Certamente a lista vai crescer à medida em que eu voltar a navegar com mais vontade pela blogosfera.

[Ouvindo: Jimmy Jazz - The Clash - London Calling]

7 de fevereiro de 2008

Tem que ouvir: Led Zeppelin IV

Folder Tá bom, tá bom... Há controvérsias sobre o melhor disco do Led Zeppelin. Tem gente que gosta mais do Led II. Quem curte performances ao vivo, vai dizer que é o The Song Remains The Same. Pois pra mim é o Led IV, que muita gente identifica como "o do velho". Ontem saí para pedalar e toquei esse disco no telefone. Perfeito! Começa com o maior gás, com Black Dog e Rock And Roll. Exatamente como eu pedalando: começo mandando ver, ultrapassando todo mundo até entrar num astral mais Stairway to Heaven. O disco casa perfeitamente com a pedalada.

Tá, mas não é isso que faz dele um "tem que ouvir". São as canções geniais e que todo mundo já ouviu pelo menos uma vez na vida. Stairway to Heaven, claro, é o carro-chefe. Se o cara já sentou numa rodinha de violão, ouviu pelo menos a introdução. Eu ouvi milhares de vezes, quando era garoto.

Troquei esse disco por um do Kiss com um vizinho, lá por 1983, 1984. Passei tardes e tardes sentado em frente ao aparelho de som, tocando o comecinho de Stairway to Heaven à exaustão, tentando tirar de ouvido. Era uma época anterior às tablaturas na internet. O resultado é que todo mundo dessa época toca Stairway to Heaven de um jeito diferente. A minha, obviamente, é a mais fiel. Na real, qualquer dia eu ensino o Jimmy Page a tocá-la. Reza a lenda que ele não acerta mais o solo.

Além do hino dos violeiros, o disco tem Rock And Roll, que começa com a bateria mais endemonhada que existe. Uma bateção violenta no chimbal, meio aberto. Coisa de espantar os pais, mesmo. E uma guitarra irada pra caramba. Antes disso, o riff fantástico de Black Dog. Não tem como não se esmerar no air guitar ouvindo essas duas canções.

Mas não é só em escores conhecidos que o disco se sustenta. Going to California, a penúltima faixa, é a música mais bonita do Led, empatada com Tangerine. E depois vem outra grande canção: When the Levee Breaks. Esse é o set do álbum:

  1. Black Dog (Page/Plant/Jones)
  2. Rock and Roll (Page/Plant/Jones/Bonham)
  3. The Battle Of Evermore (Page/Plant)
  4. Stairway to Heaven (Page/Plant)
  5. Misty Mountain Hop (Page/Plant/Jones)
  6. Four Sticks (Page/Plant)
  7. Going To California (Page/Plant)
  8. When The Levee Breaks (Page/Plant/Jones/Bonham/Memphis Minnie)

Uma coisa interessante desse álbum de 1971 (mesmo ano do meu nascimento, por sinal) é que o disco não tem nome. Nos catálogos da Atlantic, as menções são para Quatro Símbolos (a capa mostra quatro ícones meio esotéricos), o Quarto Álbum ou ainda ZoSo (também por causa dos símbolos estranhos).

Para baixar é aquele esquema: tendo um cliente torrent instalado no computador, clique no link abaixo e mande abrir o arquivo.

Led_Zeppelin_IV

[Ouvindo: Misty Mountain Hop - Led Zeppelin - Led Zeppelin IV]

6 de fevereiro de 2008

RSS

rss Por sugestão da Anacris, do Suzanne Valadon, incluí um feed de RSS ao Casa Proença. A coisa funciona assim: você coloca o endereço do feed no seu leitor de RSS e a cada atualização do blog, um aviso aparece na sua tela. Como eu posto muito de vez em quando, o leitor fica poupado de visitas em que não encontra nada de novo para ler. O link tá no pé da página e também na coluna da direita, associado ao ícone do RSS. Valeu, Ana.

[Ouvindo: Pra Dizer Adeus - Titãs - Televisão]