29 de julho de 2010

Aniversário multimeios

Bem coisa de velho, ficar lembrando de como eram as coisas “antigamente”. Pois bem, eu lembro de quando me davam parabéns só ao vivo. Mal e mal um telefonema. Não existia celular, claro. Podia dizer que recebia cartas, mas estaria mentindo. Nunca fui um usuário contumaz do glorioso sistema postal brasileiro.

Mas ontem, depois de responder a um SMS em que me davam parabéns, me dei conta e comentei com a Lu como é bem mais fácil as pessoas lembrarem do aniversário da gente, de darem parabéns e coisa e tal.

Ontem, atendi diversos telefonemas no celular e no fixo. Respondi a alguns SMS, a diversos recados no Skype e MSN, a outros tantos no Facebook e Orkut, a e-mails dando parabéns. Ah, sim, e pelo Twitter também. Ao vivo – aquele abraço, coisa e tal – ganhei apenas da Lu e de mais três amigos. Não que os outros parabéns tenham sido menos sinceros ou menos importantes. Nada disso. Mas é uma constatação de uma mudança que só agora observei.

É, eu sei… Notar essas coisas é bem coisa de velho.

28 de julho de 2010

39 anos

Hoje completo 39 anos. Um ano para chegar aos “enta”. Inevitavelmente, me passa pela cabeça um balanço. Lembro quando completei 25 anos – faz tempo – e me comparei a Orson Welles, que havia lançado Cidadão Kane nessa idade. Mas chego aos 39 bem mais saudável que Welles, bem menos gordo e sem estar divorciado da Rita Hayworth.

Nesses 39 aninhos aprendi muito, fiz bastante coisa e busquei ser uma boa pessoa. Meus amigos e família é quem podem dizer se o esforço valeu. De minha parte, sigo feliz, ao lado de uma mulher que amo, fazendo as coisas que gosto de fazer, trabalhando – agora, nessa nova fase de vôo solo – com novos desafios e dentro do meu tempo e possibilidades.

Para completar um bom checklist, daqueles do tipo “coisas para fazer antes de morrer”, ainda tá faltando tirar o brevê de piloto privado VFR, ter uma moto custom mais legalzinha, conhecer Atenas, Petra e Cairo, mergulhar em Noronha ou Caribe, publicar um livro de ficção. É, acho que por alto é isso. Nada muito grandioso, eu sei.

Agora, sair pra pedalar, que é pra barriga não chegar ao padrão Orson Welles e os “enta” durarem décadas a fio. Fui.

14 de julho de 2010

Cavaleiro solitário

Poético o título do post, não? Well, well… Estou de volta ao trabalho em “euquipe”, desde esta segunda-feira. Saí da direção da Knowtec, função que exerci por um ano – e antes, a gerência por quatro anos – para encarar o mercado de consultoria em inteligência competitiva.

Depois de cinco anos na mesma empresa, por melhor que fosse, há uma certa saturação – que é o eufemismo para “saco cheio”. Inevitável, por melhor que fosse trabalhar com a excelente equipe com que eu contei nesses anos. Ainda mas para um espírito irriquieto como o meu.

Duas psicólogas que atuaram como minhas coachs e de outros colegas na gestão da empresa, me ajudaram a enxergar isso. Sou um cara mão na massa, incompatível com muito tempo em funções de gestão.

Não que tenha me saído mal na função. Pelo contrário. Como legado, deixo uma metodologia de inteligência competitiva setorial premiada, reconhecida pela Associação Brasileira de Analistas de Inteligência Competitiva (Abraic) como um dos três melhores cases de IC do país. O presidente da empresa, meu chefe direto disse que mesmo nas coisas que não são meu forte, fico na média. Encarei como um elogio.

Mas é hora de me dedicar ao que faço realmente bem, que é análise de inteligência, consultoria em IC – criando metodologias e processos – e dando treinamentos na área. E também estudar um pouco. Vamos ver se consigo casar os trabalhos que já começam a pipocar com um mestrado.

E, obviamente, com menos pressão e mais tempo para me dedicar a ler, aprender e pensar, vou ter tempo de voltar a escrever no blog.