Quando voltei a trabalhar sozinho, no meu home office, pensei que a adaptação seria fácil por conta da experiência passada. Afinal, há pouco mais de cinco anos, era assim. Eu sentado em frente ao computador, o som rolando, os sistemas de mensagem instantâneas ligados e mais nada. Uma certa solidão, a que me havia acostumado.
Surpreso, descobri que estou sentindo falta da interação com as pessoas. Claro que sinto falta das pessoas com quem eu trabalhava na Knowtec por elas serem bons amigos, mas o fato de passar a maior parte do tempo calado, sem interagir, sem responder ou fazer perguntas, foi uma mudança que senti bastante.
O mais engraçado é que quando eu passei a trabalhar no modelo “9 to 5”, em 2005, eu senti falta da liberdade de esticar as pernas dando uma caminhada às 15 horas ou de ficar lendo na cama até às 10 da manhã. Com o passar do tempo, me acostumei a trabalhar com horário fixo. Agora, tenho que me adaptar ao contrário, a contar com a companhia apenas do som.
Agora, rola Sehnsucht, dos alemães do Rammstein. Talvez quem não goste muito da nova situação da Proença Incorporated são os vizinhos, bombardeados com música pelo menos 8 horas por dia. Pelo menos, boa música.
Um comentário:
Caro colega, o inverso aconteceu comigo, após 23 anos interagindo com equipamentos, como técnico de telecomunicações do Bco. Itaú, agora me vejo aos 51 anos interagindo com professores e colegas alunos no curso de Bibliteconomia da UFSC. Mas minha rotina de trabalho de freelancer em serviços de informática, me causa também uma certa solidão, porém estou largando aos poucos me dedicando a pesquisas.
Um abraço colega. Já tive a oprtunidade de assistir sua palestra na semana do bibliotecario la na UDESC. Vc é otimo, todos os colegas adoraram seu traalho.
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