Ontem fez 13 anos do falecimento da minha avó materna. E apenas cinco dias do falecimento do meu sogro. Sofri muito com os dois. Claro que a partida do meu sogro, que era como um pai para mim, dói mais agora, por ser tão recente. Mas sinto falta de ambos.
Eu não sou uma pessoa espiritualizada. Não creio em Deus, em vida após a morte, em redenção eterna, em reencarnação. Para mim, a vida é matéria. E um dia o corpo falha e a gente se vai. Pra sempre, pra não mais voltar.
Apesar do meu ceticismo, também não acredito que a vida da gente se vai pra sempre. Quem tem filhos e netos, como o seu Carvalho e a Vó Maria, deixa um pouco da herança genética, de suas características físicas e de personalidade.
Mas, mais importante, quem teve uma convivência boa com seus amigos e família, deixa lembranças. Boas lembranças. E essas vão durar por algumas gerações. Minha mãe e meu tio lembram de muitas coisas de minha avó. Minhas primas, meu irmão e eu também. Só aí vão duas gerações de lembranças. As memórias do seu Carvalho ainda estão muito vivas. Lembrar dele ainda dói. Mas é a melhor coisa que ele deixa para nós. E é o que eu quero deixar quando me for. Me esforço para isso.
Um comentário:
é isso, mesmo, meu amigo. A gente celebra os que já se foram lembrando deles com carinho e, depois de um certo tempo, com bom humor. Aquela história de não falar dos mortos é bobabem. Eu frequentemente lembro do pai; em alguma coisa que como ou assisto. Volta e meia eu falo "como dizia o seu Cláudio...". Isso é manter o vínculo. às vezes bate a saudade forte, a gente chora um pouco e pronto. Bola pra frente. A D. Maria vive na família linda que ela construiu, o mesmo vale para o seu Carvalho.
eu fiz uma pequena lembrança lá no blog.
abração pra vocês dois
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