26 de dezembro de 2008

Holiday weight

Quem fala inglês razoavelmente bem conhece essa expressão americana. Significa peso de feriado. Pois já no início, senti que se não der uma observada mais de perto no que estou comendo, vou sair dessas festas com um tremendo holiday weight.

Ontem comecei a almoçar às 15 horas e só parei quando era quase seis. Belisca dali, experimenta de lá e a pança vai crescendo. Pra compensar, voltei para casa e saí pra pedalar. Fiz 12,3 km em 40 minutos. Se não tirou um pouco do peso do feriado, certamente tirou um pouco do peso da consciência.

[Ouvindo: You've Got To Hide Your Love Away - The Beatles - Help!]

8 de dezembro de 2008

Dando um trato na Gostosa

O sabadão foi dedicado à Gostosa. Acordei já meio tarde e toquei direto pra marina, no Santo Antônio de Lisboa. Levei duas horas para chegar lá por conta da fila na SC-401. Sabem, o lance do desvio pelo Caminho dos Açores? Pois é.

Cheguei lá sem almoçar, às duas e alguns minutos. Comi uns pedaços de galinha assada que alguns colegas velejadores haviam comprado e meti a mão no barco. Tinha duas tarefas mais "emergenciais": colocar o flutuador de tope que chegou nesta semana e descobrir porque a vela grande não estava subindo até o topo.

Com a ajuda dos dois rapazes da Marina e do Lídio, parceiro velejador, consegui descer o mastro e facilmente instalei o flutuador de tope. Para quem não sabe, trata-se de uma espécie de balão de plástico rígido que fica no topo do mastro. O objetivo é impedir que o barco capote caso vire. A ponta do mastro sempre ficará fora d'água e com mar calmo não chega nem a molhar a cabine com o barco virado. Isso vai me dar mais segurança para explorar os limites do Day Sailer em termos de desempenho.

Com o mastro baixo, pude ver que a adriça do grande - o cabo usado para içar a vela principal - estava meio maltratado pelo sol. Resolvi trocar. Além disso, as roldanas que ajudam a subir a vela estavam precisando de uma lubrificação. Fiz isso também. Claro que eu não tinha 15 metros de cabo pré-estirado à mão para substituir a adriça, mas deixei um cabo fino como guia para passar a nova adriça no final de semana que vem. Nesta semana eu passo no Armazém Náutico do Veleiros da Ilha e compro o cabo novo. Espero que isso resolva a encrenca de subir a vela.

Mas aproveitei o tempo lá para dar mais uma mexida na Gostosa. Uma das coisas que me incomodavam há tempos é que não tinha como regular a esteira da vela grande. A esteira é a parte que encaixa na retranca, perpendicular ao mastro. Já vi, em outros barcos, um mecanismo em que, usando cabos, é possível folgar ou caçar a esteira. Fiz uma coisa assim, usando um cabo de 3mm e um moitão pequeno. Ficou legal, mas ainda não está 100%. Vou ver se acho peças mais adequadas e troco o sistema no próximo sábado, quando for instalar a nova adriça.

Depois de tanto tempo trabalhando no barco, a fome veio com tudo. Botei pilha nos "velejadores de poita" que estavam pela marina e fizemos umas lingüiças na churrasqueira. Muito pão com lingüiça e coca-cola depois, voltei pra casa, já lá pelas seis e meia da tarde. Um baita dia.

[Ouvindo: Smaller And Smaller - Faith No More - Angel Dust]

6 de dezembro de 2008

Conde Giordano

O mais perto que eu cheguei de um nobre, até hoje, foi dos corte nobres de carne que vende no Angeloni. Mas hoje conheci um conde. Fomos, Lu e eu, num jantar harmonizado na Expand do centro e um dos participantes era o conde Giordano Emo de Capodilista, do Veneto, Itália. Além dele, estava a filha de Nino Franco, um dos maiores e mais importantes produtores de prosecco da Itália. Silvia Franco é o nome da moça, uma morena de olhos claros com a maior cara de italiana.

Foi um jantar legal, embora a Lu não tenha gostado muito. Obviamente, o foco era nos vinhos, e não na comida. Como ela não bebe, fica meio sem graça. Mas tudo bem: o jantar saiu de graça pra Lu. No sábado passado, fui comprar uns vinhos na Expand do centro. O casal que é dono ou franqueador das lojas de Floripa estava atendendo - fica a dica: nos sábados é quando o atendimento é melhor nas lojas de vinho - e aí deram a letra do jantar desta sexta. Eu falei que era legal, e tal, mas que tinha que achar um parceiro ou parceira - fica o convite para eventos futuros. Candidatos, usem o espaço de comentários - porque a Lu não bebe. Aí o cara ofereceu uma cortesia para ela. Topamos.

Mas acho que perdi a parceira, porque serviram salmão cru com rúcula de entrada, uma massinha com camarão de segundo prato e um filé com purê de batata baroa como prato principal. Tirando o filé e a massa - o primeiro estava muito cru e o segundo sem gosto, na opinião da Lu - ela não gostou de mais nada. Para sobremesa, serviram um bolinho. Que a Lu obviamente odiou.

Mas os vinhos eram bons. O espumante eu já conhecia. Serviram o prosecco e um rosé muito gostoso. Já o tinto produzido pelo conde eu achei bem razoável. Mas o vinho de sobremesa, também da vinícola do tal conde, é um espetáculo. Não é pra menos: tá saindo por R$ 198,00 na Expand. Acabei comprando uma garrafa de um late harvest botritizado da Concha y Toro por bem menos que isso. Mais para fins de comparação. Como sugeriu o rapaz do atendimento: "Namore um pouco o vinho. Depois de um tempo, você vem e compra". Que comece a temporada de namoro!

[Ouvindo: Charlie Brown - Wynton & Ellis Marsalis - Joe Cool's Blues]

5 de dezembro de 2008

Mulher semáforo

O povo aqui da empresa se mata de rir com as minhas comparações. Dessa vez, ao responder a um comentário de uma colega que reclama de homens enrolados, que ficam cercando, cercando e não pegam ninguém, criei a idéia da mulher que parece um semáforo quebrado.

Explico: trata-se de uma garota que manda sinais aparentemente aleatórios para os caras. Num dia, sinal verde total. Ofuscante. Algo do tipo: "Vem em mim que eu tô facinha". Meia hora depois, vermelhão. Um "sai fora, vê se te enxerga". É hilário. Quem ainda sai à noite, vai pras baladas e tal - gente nova, não um coroa como eu - pode observar esse fenômeno. Aí fica o cara ali, parecendo um motorista chinês. Não sabe se vai, se fica, se arrisca, se disputa. É um jogo, claro. Mas bem que elas podiam colaborar e dar um manual com as regras para os meus colegas homens.

Dá gosto de trabalhar

Como muitos de vocês sabem, eu trabalho numa empresa de inteligência competitiva chamada Knowtec (o site está em reformulação. Fica pronto em janeiro). A sede é em Florianópolis, mas temos escritórios em Brasília, São Paulo e Seattle, nos EUA.

"Tá, e eu com isso", você deve estar pensando. Pensei em postar algo a respeito porque trabalhar na Knowtec tem uma implicação grande pra caramba na minha vida. Não só pelo fato de passar oito a dez horas na empresa, mas porque hoje eu faço muitas coisas não relacionadas ao trabalho por conta do modelo de valorização dos talentos humanos adotado pela empresa.

Por exemplo: duas vezes por semana eu pratico yoga. Temos um professor de yoga que vem até a empresa e dá aulas para duas turmas. Uma pela manhã, bem cedo, outra no final da tarde. É ótimo. Além de mexer e alongar o esqueleto, tira um pouco da tensão e do estresse de ocupar uma posição de liderança de projetos e equipes.

Além do yoga, eu fazia aulas de espanhol pagas integralmente pela Knowtec. Também in-company. Dois anos depois de começar a estudar consegui obter uma boa pontuação no exame de proficiência de espanhol do Instituto Cervantes, o DELE (Diploma de Español como Lengua Extrangera). Tem um povo que faz inglês, com forte ajuda de custo da empresa.

Depois do almoço, dá pra relaxar uns minutos jogando sinuca na sala de lazer, ou, quem preferir, pode aproveitar o Nintendo Wii ou deitar nas redes e pufes para tirar uma soneca. Pessoalmente, prefiro ligar minha guitarra ou o baixo e tocar com o pessoal no estúdio acusticamente isolado que temos aqui. A empresa bancou uma bateria acústica para o estúdio e dá pra se divertir de montão nesse espaço.

Além desses lances mais "divertidos" o pessoal do RH investiu bastante nesse ano em ações ligadas a saúde. Tivemos uma Semana da Saúde, com vacinação, exames de rotina, avaliação física e outras atividades. Nessa, infelizmente, eu estava viajando e não pude participar. O basicão, tipo exames periódicos obrigatórios, médico disponível semanalmente na empresa e ginástica laboral, também fazem parte das ações ligadas a saúde.

Essas coisinhas fazem com que o grupo trabalhe bem, comprometido, alegre, com níveis baixos de estresse e de forma bem integrada. A equipe é ótima. E aí tem o paradoxo Tostines: a equipe é ótima porque a empresa oferece as condições para isso ou a empresa tem esses benefícios em reconhecimento à qualidade da equipe? Não sei. Só sei que funciona bem.