Quem acompanha esse bloguinho há algum tempo já sabe que estou restaurando um Puma GTE 1976. Desde que comecei a fazê-lo, virei rato de ferro-velho. Sábado passado, estive na meca dos pumeiros. O lugar que 10 entre 10 "pumeiros" indicam para buscar peças usadas originais. Ilhota. Sim, Ilhota, a 13 quilômetros da BR-101, seguindo pela SC-470 rumo Oeste a partir de Itajaí.
Lá, há o ferro-velho do Sérgio, com pelo menos 10 carcaças de Pumas GTE, GTS, GTB e até um ocasional AM. Infelizmente, não havia nada que me servisse. Quer dizer, até havia, mas nada que o Sérgio pudesse me vender, já que ele também está restaurando um Puma semelhante ao meu, modelo "tubarão".
Sigo, portanto, na procura de sinaleiras traseiras (as mesmas da Variant e do TL), de quadros de porta, de console e painel, entre outros pequenos detalhes. Carros antigos são assim: sempre falta um detalhe.
Por isso passei a viajar olhando as margens das estradas, procurando por carcaças infestadas de ferrugem, por aglomerados de lata ao lado de casebres sem pintura. Aprendi a ver beleza nesses lugares. Em Araranguá, por exemplo, vi num ferro-velho um Gurgel X-12, perfeitamente recuperável. Com um pouco de dinheiro e paciência, claro. Em Balneário Camboriú, há um Maverick GT com algumas peças originais. O próprio Sérgio de Ilhota tinha um Aero Willys com a lata ainda inteira. Se tivesse dinheiro, comprava todos.
Assim, amigos, se nas suas andanças virem algum ferro-velho meio escondido, com uma carcaça de carro nacional antigo (Variant, TL, Zé do Caixão, Karmann-Ghia, Interlagos...) me avisem. Como recompensa, uma volta de Puma. Depois de pronto, é claro.
31 de janeiro de 2007
25 de janeiro de 2007
Não vou dizer novidade alguma se escrever que nós, usuários medianos de computador, não usamos metade dos recursos do sistema operacional, dos aplicativos de processamento de texto, dos editores de planilha. É lugar comum. Quantos menus do Word você não sabe para que serve? E botões? E janelas? No meu caso, um monte.
Mas que eu não aproveitava o Google, isso é novidade! Fazendo uns cálculos de câmbio para planejar uma viagem, descobri que o Google faz, direto na barra de busca, conversão de moedas. Basta colocar o valor, o código da moeda de origem, o "comando" to e o código da moeda de destino. Exemplo: para converter 1.200,00 yuans chineses em reais, basta escrever 1200 CNY to BRL. O Google responde para você que o valor corresponde a "329.375458 Brazil reais".
Além disso, é possível fazer cálculos. Raiz quadrada, cubos, somas, multiplicações. Para quem está sempre com o navegador aberto, como eu, isso é uma mão na roda. Ainda mais prático se tiver a Barra do Google ou o Google Desktop. Para saber o que mais o Google faz, visite o próprio site.
Mas que eu não aproveitava o Google, isso é novidade! Fazendo uns cálculos de câmbio para planejar uma viagem, descobri que o Google faz, direto na barra de busca, conversão de moedas. Basta colocar o valor, o código da moeda de origem, o "comando" to e o código da moeda de destino. Exemplo: para converter 1.200,00 yuans chineses em reais, basta escrever 1200 CNY to BRL. O Google responde para você que o valor corresponde a "329.375458 Brazil reais".
Além disso, é possível fazer cálculos. Raiz quadrada, cubos, somas, multiplicações. Para quem está sempre com o navegador aberto, como eu, isso é uma mão na roda. Ainda mais prático se tiver a Barra do Google ou o Google Desktop. Para saber o que mais o Google faz, visite o próprio site.
[Ouvindo: Coração Tranqüilo - Pato Fu - Houve Uma Vez Dois Verões]
12 de janeiro de 2007
Anticlímax
Essa é uma história sem desfecho surpreeendente. O leitor não deve esperar surpresas, viradas, hábeis jogos de palavras no final. Aliás, se estiver lendo atrás de algo do gênero, desista. Vá procurar os demônios e assombrações de Stephen King, as engendradas revelações de Hercule Poirot ou Miss Marple nos livros de Agatha Christie, as emoções de frases curtas e parágrafos mínimos de Dan Brown ou seus genéricos.
Isso não é sequer um conto. Não tem estranhamento, não tem dicas de como a história se resolve. Ou tem? Já não sei. Se quiser descobrir o que é um bom conto, encontrar seus elementos literários, vá afundar os olhos em um bom Cortázar, em García Márquez. Ou pegue um bom brasileiro: Rubem Braga, Machado, Veríssimo, o filho. Só não leia mais desse texto. Não vá adiante.
Só prossiga se sofre do coração, não lida bem com emoções, acabou de sair da terapia e quer calma e quietude. Se seu tempo vale pouco ou nada, siga adiante. Uma palavra após a outra, esse texto se repete, vai ficando mais chato e mais sem graça. Depois não diga que não avisei.
Anderson é estúpido. Atravessa seus dias numa vidinha medíocre que podia muito bem ser encerrada por um Volvo N10 carregado de melancias ou um câncer terminal sem que alguém desse pela sua falta. Mas seria demais, muitas emoções. Portanto, tedioso, Anderson prosseguia existindo. Ia aos mesmos lugares, sempre. Com as mesmas pessoas, sempre. Falava as mesmas coisas, sempre.
Até que num desses lugares de sempre, com as pessoas de sempre e falando as coisas de sempre, ele viu Daniella. Um observador mais atento notaria o brilho no olhar de Anderson. Mas teria que ser muito sensitivo para notar, no meio de tanta pequenez. Daniella não era, e não deu bola para os olhares de Anderson.
Ele, na sua pasmaceira usual, nada fez por exatos 118 minutos. Mas quase ao cabo de duas horas desde que notara a garota ruiva, de nariz levemente arredondado e bochechas rosadas pelo álcool, ele levantou da mesa em que estava e sentou ao seu lado. Balbuciou uma dúzia de palavras que sequer lembra quais foram e esperou a reação a garota. Ouviu em resposta um "vê se se toca", seguido de um "me erra, mané". Anderson voltou para sua mesa e tudo seguiu exatamente igual.
Eu avisei.
Isso não é sequer um conto. Não tem estranhamento, não tem dicas de como a história se resolve. Ou tem? Já não sei. Se quiser descobrir o que é um bom conto, encontrar seus elementos literários, vá afundar os olhos em um bom Cortázar, em García Márquez. Ou pegue um bom brasileiro: Rubem Braga, Machado, Veríssimo, o filho. Só não leia mais desse texto. Não vá adiante.
Só prossiga se sofre do coração, não lida bem com emoções, acabou de sair da terapia e quer calma e quietude. Se seu tempo vale pouco ou nada, siga adiante. Uma palavra após a outra, esse texto se repete, vai ficando mais chato e mais sem graça. Depois não diga que não avisei.
Anderson é estúpido. Atravessa seus dias numa vidinha medíocre que podia muito bem ser encerrada por um Volvo N10 carregado de melancias ou um câncer terminal sem que alguém desse pela sua falta. Mas seria demais, muitas emoções. Portanto, tedioso, Anderson prosseguia existindo. Ia aos mesmos lugares, sempre. Com as mesmas pessoas, sempre. Falava as mesmas coisas, sempre.
Até que num desses lugares de sempre, com as pessoas de sempre e falando as coisas de sempre, ele viu Daniella. Um observador mais atento notaria o brilho no olhar de Anderson. Mas teria que ser muito sensitivo para notar, no meio de tanta pequenez. Daniella não era, e não deu bola para os olhares de Anderson.
Ele, na sua pasmaceira usual, nada fez por exatos 118 minutos. Mas quase ao cabo de duas horas desde que notara a garota ruiva, de nariz levemente arredondado e bochechas rosadas pelo álcool, ele levantou da mesa em que estava e sentou ao seu lado. Balbuciou uma dúzia de palavras que sequer lembra quais foram e esperou a reação a garota. Ouviu em resposta um "vê se se toca", seguido de um "me erra, mané". Anderson voltou para sua mesa e tudo seguiu exatamente igual.
Eu avisei.
[Ouvindo: Fascination Street - The Cure - Disintegration]
10 de janeiro de 2007
Eu quero dois
Um pra Lu, outro pra mim. Estou falando do iPhone que o Steve Jobs, CEO da Apple, lançou oficialmente ontem. Estive olhando o bichinho no site da empresa e fiquei de queixo caído.
Tem algo inovador na junção de telefone celular com mp3 player e acesso à internet? Não, nada. Sim, tudo. Toda ou quase toda a tecnologia usada no iPhone está em outros aparelhos disponíveis no mercado. Até o meu tijolão da Nokia tem mp3 player, toca vídeos e usa um sistema operacional bastante amigável, com interface gráfica. A Apple, mais uma vez, ganha pontos pelos seus desenvolvedores "pensarem fora da caixa", para usar uma expressão norte-americana e certamente cara a Jobs.
O resultado é um telefone que não tem teclas ou botões, roda o sistema operacional dos Macintosh (OS X), memória de 4 ou 8 gigabytes, câmera de 2 megapixels e conectividade sem fio via wi-fi, bluetooth e EDGE. E, marca registrada da Apple, um design fantástico.
Resta saber se o iPhone conseguirá manter-se sempre atraente num mercado dinâmico como o de telefones celulares de ponta. Um estudo do Yankee Group diz que o ritmo de troca de equipamento nesse nicho específico é de três aparelhos por ano. Se eu tivesse um iPhone certamente ia passar mais de um ano com ele. Quando será que esse brinquedinho chega no Brasil?
Tem algo inovador na junção de telefone celular com mp3 player e acesso à internet? Não, nada. Sim, tudo. Toda ou quase toda a tecnologia usada no iPhone está em outros aparelhos disponíveis no mercado. Até o meu tijolão da Nokia tem mp3 player, toca vídeos e usa um sistema operacional bastante amigável, com interface gráfica. A Apple, mais uma vez, ganha pontos pelos seus desenvolvedores "pensarem fora da caixa", para usar uma expressão norte-americana e certamente cara a Jobs.
O resultado é um telefone que não tem teclas ou botões, roda o sistema operacional dos Macintosh (OS X), memória de 4 ou 8 gigabytes, câmera de 2 megapixels e conectividade sem fio via wi-fi, bluetooth e EDGE. E, marca registrada da Apple, um design fantástico.
Resta saber se o iPhone conseguirá manter-se sempre atraente num mercado dinâmico como o de telefones celulares de ponta. Um estudo do Yankee Group diz que o ritmo de troca de equipamento nesse nicho específico é de três aparelhos por ano. Se eu tivesse um iPhone certamente ia passar mais de um ano com ele. Quando será que esse brinquedinho chega no Brasil?
[Ouvindo: Life On Mars - David Bowie - Best Of David Bowie 1969-1974]
1 de janeiro de 2007
Nº 7
Já estava usando no notebok e gostei. Agora, instalei no desktop também e recomendo para os amigos: o Internet Explorer 7 é bem melhor do que a versão anterior. Vale a pena a atualização. Claro que os fãs aguerridos do Firefox vão dizer que a Microsoft chegou atrasada e que o browser da raposinha já tem abas de navegação há tempo (no IE7 são "guias"), bem como o terceiro colocado na corrida pela preferência dos usuários, o Opera. Mas, ainda assim, eu vou de IE porque é padrão de mercado. Como creio muito na força do mercado, prestigio o produto líder, hehehehe. Ah, um toque importante: é preciso usar um Windows XP legalmente registrado com o Service Pack 2 para poder instalar o browser. Até dá para instalar nos piratas, mas envolve mexer nas entranhas do sistema.
[Ouvindo: Kooks - David Bowie - Hunky Dory]
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